O
Inep apresentou formalmente à
Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), dia 31 de
Março, proposta para a criação do novo
Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
O
projeto pretende substituir os
atuais vestibulares das universidades federais do País por uma avaliação única, que estimule a capacidade crítica dos alunos e que, por
consequência, sirva para reorientar os currículos do ensino médio.
O novo modelo não impede que a instituição use outros instrumentos de ingresso, como os que levam em conta as políticas afirmativas ou nos moldes do Programa de Avaliação Seriada (
PAS) aplicado pela Universidade de Brasília. A proposta também não inviabiliza que as instituições complementem o processo
seletivo com provas específicas.
No novo formato, as questões seriam divididas em quatro grupos: linguagens (incluindo português, inglês e a
redação), matemática, ciências humanas e ciências da natureza. Entre as vantagens do novo
Enem, segundo o ministro, uma das principais é que o aluno que prestar a nova prova do
Enem em um ano poderá comparar a sua nota com a obtida na edição seguinte.
O presidente do
Inep,
Reynaldo Fernandes, afirmou que o
Inep está preparado para a implementação do novo modelo. “Já temos banco de itens para realizar a prova neste ano”, afirmou. Segundo Fernandes, a
ideia é discutir com as
IFES (Instituições federais de Ensino Superior) quais conteúdos seriam abordados. Ele explica ainda que os testes terão diferentes níveis de dificuldade que permitirão identificar as habilidades dos estudantes.
Por meio do novo
Enem, o estudante poderá candidatar-se a qualquer vestibular de universidade federal do País prestando a prova na sua própria cidade. O ministro espera receber, já a partir da próxima semana, os primeiros posicionamentos das
IFES. As instituições de ensino superior privadas e estaduais também podem aderir ao sistema.
Outras Mudanças:Principais características do sistema
seletivo unificado de 2009
A prova- O novo
Enem terá uma proposta de
redação e 200 questões de múltipla escolha (não mais 63), divididas em quatro provas: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias, e Matemática e suas Tecnologias.
Datas
- O exame será realizado nos dias 3 e 4 de
Outubro de 2009. O resultado das quatro provas
objetivas será divulgado em 4 de
Dezembro de 2009. O desempenho final do candidato, incluindo a nota da
redação, sairá em 8 de
Janeiro de 2010.
Regras- O candidato poderá escolher cinco cursos e instituições de ensino, mas será aprovado em apenas uma opção.
- No ato da inscrição para o
Enem, será possível verificar a nota de corte para os cursos escolhidos. O estudante poderá mudar suas opções quantas vezes quiser, até o encerramento do prazo das inscrições.
- Em caso de empate, os alunos serão
selecionados segundo a seguinte ordem: maior nota na prova de Linguagens e Códigos; maior nota na prova de Matemática; e maior idade do candidato.
Autonomia- As instituições poderão usar o novo
Enem como substituto ao vestibular ou primeira fase do processo
seletivo.
- As universidades terão autonomia para indicar pesos diferentes para cada uma das cinco provas que irão compor o exame, de acordo com o curso escolhido pelo candidato.
- O uso do
Enem como fase única não impedirá que a instituição aplique provas de habilidades específicas.
- As universidades que
adotam o sistema de cotas poderão manter a política afirmativa.
Tipos de adesão ao Novo Enem:Há quatro possibilidades: o
Enem como fase única; como primeira fase; como fase única para as vagas
ociosas, após o vestibular; ou combinado ao
atual vestibular da instituição. Neste último caso, a universidade definirá o percentual da nota do
Enem a ser utilizado para a construção de uma média junto com a nota da prova do vestibular. Originalmente, o
MEC havia apresentado a possibilidade de as instituições utilizarem o
Enem como fase única ou como primeira fase de seus processos
seletivos.
Fonte: Gazeta do Povo, Mec, Globo.com